Este blog pertence à Comunidade São José (Centro), de Santa Cruz do Sul (RS). Pretende ser um instrumento de evangelização, promovendo um maior conhecimento da figura e da missão de São José e apresentando temas e reflexões sobre aquele a quem Deus “confiou a guarda dos seus tesouros mais preciosos”. Que o bom São José defenda a Santa Igreja de toda adversidade, ampare especialmente a nossa Comunidade e estenda sempre sobre cada um de nós o manto da sua poderosa intercessão!

sexta-feira, 22 de julho de 2016

O SANTO NOME DE SÃO JOSÉ



24 DE MARÇO

- O SANTO NOME DE SÃO JOSÉ -


O NOME DE SÃO JOSÉ NO EVANGELHO

Na Sagrada Escritura os nomes têm um sentido profundo e belo: traduzem a missão de quem o possui. O teu nome, diz o Senhor a Abraão, não será mais Abrão, mas Abraão, porque eu te destinei a sei pai de muitos povos” (Gênesis – XVII, 5).

A Jacó, diz: O teu nome não mais será Jacó, mas Israel, porque se contra Deus foste forte, quanto mais o serás contra os homens! (Gênesis – XXXII, 29).

A Simão diz Jesus, quando lhe confia a missão de Chefe da sua Igreja: Tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja” (Math. – XVI, 18).

O nome traduz uma missão, não é imposto arbitrariamente. O filho de Jacó fora chamado José. José, diz a Escritura, filho que cresce, filho que cresce e de formoso aspecto (Gênesis – XLIX, 22).

José, diz São Jerônimo, quer dizer acréscimo, aumento. Ora, a significação desse nome, comenta Santo Alberto Magno, convém àquele que pelas relações com Deus foi elevado acima de todos e pela união com Maria, Mãe de Deus, e pela paternidade adotiva de Jesus, cresceu, elevou-se mais que todos os mortais (Alb. Mg. – ‘Tal in cap. I Jucos Super cui nomen erat Joseph’). O nome de São José vem repetido muita vez no Evangelho. E tal repetição, observa ainda o Santo Doutor, indica um desígnio particular da Divina Providência. Deus quer esclarecer e evidenciar a justiça santíssima de São José, escrevendo seu nome muitas vezes no Evangelho, o Livro da Vida. Quer provar que aquele homem, escolhido para Esposo de Maria, não era desconhecido, e quer eternizar a memória do que foi considerado Pai do próprio Deus (‘Super Missus est’ – Cap. XLVII).

Pode-se afirmar, pois, escreve São Boaventura, que o louvor de São José está no Evangelho. É um nome glorificado pelo Espírito Santo. Nome que veio do céu, nome bendito e inseparável dos santíssimos nomes de Jesus e Maria. Vede como o repetem os evangelistas: José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo. Estando, Maria, já desposada com José – Mas José seu esposo como era justo – José, Filho de Davi, não temas receber Maria tua esposa – E despertando José do sono – Eis que apareceu em sonhos a José – O anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, dizendo: Levanta-te, toma o Menino e sua Mãe (Math. I, 16, 18, 19, 24; II, 13, 19).

São Lucas: A uma virgem desposada com um homem que se chama José, da casa de Davi – E também José subiu da cidade de Nazaré, na Galileia, para a Judeia, à cidade de Davi, chamada Belém – E o julgavam Filho de José (Lucas I, 27; II, 4; III, 23).

E São João: Não é Ele aquele Jesus, Filho de José? (S. Joan. – VI, 42).

Vede quantas vezes repete o Evangelho o nome de José! Não é um nome celeste e cheio de bênçãos?


PODER E EFICÁCIA DO NOME DE SÃO JOSÉ

O nome bendito de José, mil vezes pronunciado por Jesus e Maria na intimidade de trinta anos na casa de Nazaré; nome santificado nos lábios do próprio Deus e da Mãe de Deus; nome querido e cheio de bênçãos – não há de ser poderoso e cheio de eficácia, invocado em nossas necessidades e misérias da vida terrena?

Os próprios anjos louvam o nome de José, observa o piedoso Pe. Huguet (‘Pouvoir de Saint Joseph’).

Vede como os espíritos angélicos respeitam a santidade e a pureza do nome de José! A primeira vez em que o anjo aparece a São José, o chama: José, filho de Davi, isto é, chamou-o pela nobreza real a que pertencia.

A Ezequiel diz o anjo: Levanta-te, Filho do Homem!. A Pedro diz: Levanta-te depressa! Escreve o que vês, diz a São João. Só a São José é que o anjo chama pelo nome próprio e o trata como um príncipe da estirpe de Davi: Joseph, fili David. Só São José teve a honra de ver seu nome junto aos nomes de Jesus e Maria. Depois do nome bendito de Maria, nenhum nome é mais poderoso no céu e na terra. Nome que é o terror do inferno e alegria do céu.

Santa Teresa experimentou o poder e eficácia do nome do Santo Esposo de Maria, e afirmava: Nunca invoquei o nome de São José e deixei de ser atendida. É um nome poderoso para afastar as tentações, inspirar bons pensamentos, salvar-nos nos perigos e ajudar-nos na luta contra o pecado. Não se pode imaginar o poder do nome de São José e quanto Deus nos atende ao invocá-lo.

Santa Gertrudes, em suas revelações, viu a glória de São José no céu: o glorioso Esposo de Maria num trono de esplendores e, ao se pronunciar o seu nome, os anjos e os santos se inclinavam (Rev. Lib. IV, c. XII).

Maria Santíssima, para dar uma prova de amor ao Beato Herman, o angélico menino da Ordem Premonstratense, lhe muda o nome para o de José. A Santa Margarida de Cortona recomenda, Nossa Senhor, que não passe um só dia sem invocar o nome de seu Pai adotivo. Pois se é tão grande e honrado pelo próprio Deus e por Maria o nome de São José, como não há de ser poderoso, invocado por nós com muita confiança e devoção!

O nome de São José, diz o Cardeal Lépicier (‘Tractatus de Sancto Joseph’ – Pars 1, A, II), tem um poder singular para excitar a nossa fé, afugentando as tentações, e nos valer em nossas necessidades. Nunca o separemos dos nomes de Jesus e Maria.


EXEMPLO

- Salva do perigo e convertida por São José -

A menina Allen, filha de um general americano, Ethan Allen, na idade de doze anos passeava tranquila às margens de um belo rio, quando vê, apavorada, um monstro a se levantar em meio das águas agitadas e avançar em direção a ela. O medo a reteve, pálida, sem poder fugir. Assim ficou, à espera da morte, quando um homem de alguma idade, com um manto grande, a tomou nos braços, carregou-a até a estrada e ali deixou-a, dizendo: “Foge, milha filha, depressa!”.

A menina volta a si, refaz-se do susto e corre a toda pressa. Volta-se de vez em quando, olha para trás, quer ver o desconhecido que a salvou e não mais o encontra. Em casa, diz à mãe o que se passou. Os criados foram à procura do benfeitor e ninguém pode informar o paradeiro do homem misterioso.

Passaram-se treze anos. A menina Allen é moça, rica, prendada, e, nascida na heresia protestante, veio depois a cair na incredulidade. Lia obras perniciosas e imoralíssimas. Tornou-se livre-pensadora. Gabava-se de espírito forte. Todavia, o misterioso monstro e o mais ainda misterioso homem que a salvou nunca lhe saíam da lembrança. Os pais a matricularam numa escola de Irmãs, em Villemarie, a fim de aprender a língua francesa. Certo dia, uma das religiosas lhe pede um obséquio e era o de levar um vaso de flores à capela e deixá-lo sobre o altar do Santíssimo. Pediu-lhe que ao entrar no templo se ajoelhasse com todo respeito. A moça riu-se e tomou das mãos da Irmã o vaso, prometendo cumprir todas as recomendações. Quando se aproxima da capela mor, onde se achava o altar com o Sacrário, sente que uma força misteriosa a obriga a cair de joelhos, e não pode mais dar um passo adiante. Era inútil todo esforço. Caiu de joelhos, sentiu lágrimas quentes a lhe correrem pelas faces. Um desejo de abandonar o pecado, voltar-se para Deus, mudar de vida. Não podia compreender tão súbita transformação de alma.

Levantou-se disposta a procurar um sacerdote e tornar-se cristã fervorosa.

E assim o fez. Preparou-se para a abjuração do protestantismo e entregou-se ao serviço de Deus. Fez mais ainda: resolveu fazer-se religiosa para servir a Deus o resto da vida. Antes de entrar para o noviciado, foi visitar a capela do hospital na mesma cidade onde outrora o homem misterioso a salvou do monstro à beira do rio.

Apenas entrou no pequenino templo, deu com um lindo quadro de São José. Não se conteve. Gritou alto: É ele! Ele, sim, é ele mesmo!

Os que a acompanhavam não compreendiam.

- Sim, é o homem que me salvou do monstro! Compreendo agora tudo. O monstro era imagem da heresia da qual fui livre. Os braços de São José que me acolheram e me salvaram, a Congregação das Irmãs de São José que me vai receber!


Em 1808 a piedosa jovem fez a profissão e como religiosa santa e zelosa concorreu para a conversão de inúmeros protestantes.

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