Este blog pertence à Comunidade São José (Centro), de Santa Cruz do Sul (RS). Pretende ser um instrumento de evangelização, promovendo um maior conhecimento da figura e da missão de São José e apresentando temas e reflexões sobre aquele a quem Deus “confiou a guarda dos seus tesouros mais preciosos”. Que o bom São José defenda a Santa Igreja de toda adversidade, ampare especialmente a nossa Comunidade e estenda sempre sobre cada um de nós o manto da sua poderosa intercessão!

sexta-feira, 22 de julho de 2016

PRÁTICAS DE DEVOÇÃO A SÃO JOSÉ



31 DE MARÇO

- PRÁTICAS DE DEVOÇÃO A SÃO JOSÉ -


PRÁTICA DA IMITAÇÃO

A devoção a São José é de uma grande riqueza e variedade de formas. É certo que esta devoção, tão bela, nunca deve estar separada em nós da verdadeira devoção a Jesus e Maria. Façamos, pois, com que a invocação do nome do Santo Esposo de Maria e a sua lembrança, cada dia, a cada hora, em todas as circunstâncias de nossa vida sempre nos acompanhem. O conselho de Santa Teresa é de uma eficácia maravilhosa: Recorrei a São José! Confiai em São José! Nunca haveis de recorrer em vão a São José!. Pois o meio de incentivar e sustentar em nossa alma a chama de uma devoção fervorosa, é a fidelidade a algumas práticas que a experiência de alguns séculos e de tantas almas santas prova serem meios poderosos para se alcançar a proteção do maior dos santos.

Em primeiro lugar a imitaçãoGlória sanctorum imitatio eorum – a glória dos santos está na imitação de suas virtudes.

Os santos são heróis para serem imitados e não apenas admirados. É verdade que nossa fraqueza nem sempre permite chegar àquele heroísmo e aos prodígios de virtude, de penitências extraordinárias de alguns deles. São José, porém, é mestre de uma escola de santidade, bem acessível à nossa pobre alma. Ensina-nos que, para agradar e servir a Jesus, não é mister fazer prodígios. Basta ser puro e simples, cumprir fielmente o dever de cada dia, custe o que custar, aceitar pacientemente a vontade de Deus nos sofrimentos, obedecer em tudo a lei divina e ter a mais pura das intenções. São José foi pobre operário, esposo fidelíssimo, pai amoroso de Jesus. Viveu no silêncio e no trabalho. O santo do dever. Quem não o pode imitar? Se não merecemos a glória e os privilégios do grande Patriarca, podemos merecer a graça de imitá-lo. Os Santos Padres Leão XIII e Pio IX apresentam São José à cristandade como modelo a ser imitado. Modelo de pai, consolo para as mães atribuladas na luta pela educação dos filhos. Modelo para a juventude pela pureza mais do que angélica com que Deus o adornou. Modelo dos operários pela fidelidade e honestidade do trabalho santificado e nobilitado na oficina de Nazaré. Modelo para os sacerdotes, pois José participou da realeza do sacerdócio. Teve em suas mãos o Verbo Encarnado, como o sacerdote tem no altar o Verbo de Deus feito pão. As almas consagradas a Deus no claustro e em todas as variadas atividades da vida religiosa. Que modelo de perfeição evangélica, de pobreza, obediência e castidade dos santos votos!

Enfim, São José não pode ser melhor honrado, que imitado.


PRÁTICA DAS ‘DEVOÇÕES’

As práticas devotas estimulam nosso fervor. Há uma verdadeira riqueza destas práticas em honra de São José. Não é mister abraçá-las todas com prejuízo do dever, como o faz uma devoção sem critério e mal entendida. Todavia não pode haver um cristão, por mais sobrecarregado de ocupações e trabalhos pela luta da vida, que não possa cada dia invocar a São José e lembrar-se do seu Santo Patrono com qualquer prática devota, por mais simples que seja. Uma oração, uma jaculatória a São José pela manhã e à noite, uma Ave Maria em sua honra, trazer consigo uma medalha e beijá-la às vezes, uma visita à imagem de São José, uma flor, um obséquio devoto – quem não pode tomar qualquer destes pequenos atos de devoção e ser fiel a eles?

Da devoção a São José como da devoção a Maria pode-se afirmar o que dizem os Santos Padres, e a experiência o tem provado mil vezes: nada ficará sem recompensa, e o mais poderoso dos santos e o mais terno dos pais jamais deixará de socorrer um dos seus devotos, seja o maior e o mais miserável dos pecadores. Quantos prodígios, conversões e milagres se contam como frutos, às vezes, de pequeninas e singelas práticas de devoção a São José?

Celebremos cada ano, com todo fervor, as duas festas litúrgicas do Santo Esposo de Maria: a de 1.° de Maio e a do Patrocínio. Uma novena bem fervorosa e pelo menos uma santa comunhão e a assistência à Santa Missa. Todas as quartas-feiras, se pudermos, recitemos as Sete dores e sete alegrias. Que prática tão eficaz para obter a proteção do céu! Seja, cada quarta-feira, o “nosso dia” de São José. Façamos, neste dia, alguma esmola, alguma boa obra em honra do grande santo. Incentivemos no seio da família esta devoção, procurando ter em lugar de honra, também entronizada no lar, a imagem de São José ou da Sagrada Família. Os pais transmitam aos filhos a herança de uma fervorosa devoção a São José. Não desprezemos, por respeito humano, qualquer meio que nos leve a cultivar esta rica e bela devoção. O escapulário de São José, hoje tão propagado e miraculoso, por que não o procurar e trazer ao peito? Ou o cordão bento, de que falamos? Enfim, tudo quanto nos leve a uma união estreita de amor e fidelidade ao querido e poderoso São José, não desprezemos; não façamos como estes  “espíritos fortes”  ou como estes modernos cristocêntricos que se afastam de Maria, dos santos e das práticas devotas da tradição católica por orgulho ou por uma falsa compreensão desta verdade, desta realidade consoladora: Tudo a Jesus por Maria, tudo a Maria por José!


EXEMPLO

- São José e os viajantes -

O piedoso fundador Pe. Chevalier invocava a São José em todas as dificuldades e aflições, e nunca foi desiludido em sua grande confiança.

Celebrava-se a festa do Patrocínio de São José e o santo homem viajava na Espanha, em trabalhos apostólicos. Dirigia-se para Madrid atravessando a montanha perigosa de Mala Cabrera. Esta montanha era famosa pelos enormes crimes de bandoleiros e salteadores que a infestavam. Era toda semeada de cruzes a indicar mortes, tragédias e assassinatos. No mais perigoso trecho – de um lado a montanha íngreme e de outro um abismo –, dois bandidos assaltaram o carro do Pe. Chevalier. Um segura as rédeas do animal e o outro, de pé no rochedo, ameaça e exige dinheiro e malas. O bom padre estremece, mas não perde a confiança em São José. Recomenda-se fervorosamente ao Santo Protetor, abre a bolsa, tira duas moedas de prata e entrega-as ao bandido. Este sacode a cabeça, hesita, sorri, ordena ao outro que largue as rédeas dos animais, despedem-se e desaparecem ambos pela montanha.

O padre, salvo pela proteção de São José, narrava este prodígio, profundamente grato.

Outro sacerdote, desde o dia de sua ordenação, consagrava-se a São José ao empreender qualquer viagem. Dizia, após longos anos de vida:

- Nunca deixei de experimentar a doce proteção deste Santo Patrono, nos maiores perigos e nas situações mais angustiosas. Estive diante da morte iminente por duas vezes. Vi mortes ao meu lado e escapei ileso, graças a São José.


Marinheiros contam, maravilhados, graças do céu nos perigos de viagens e nas tempestades, graças essa obtidas pela invocação de São José.

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