Este blog pertence à Comunidade São José (Centro), de Santa Cruz do Sul (RS). Pretende ser um instrumento de evangelização, promovendo um maior conhecimento da figura e da missão de São José e apresentando temas e reflexões sobre aquele a quem Deus “confiou a guarda dos seus tesouros mais preciosos”. Que o bom São José defenda a Santa Igreja de toda adversidade, ampare especialmente a nossa Comunidade e estenda sempre sobre cada um de nós o manto da sua poderosa intercessão!

sexta-feira, 22 de julho de 2016

SÃO JOSÉ E OS SANTOS



23 DE MARÇO

- SÃO JOSÉ E OS SANTOS -


AS ESTRELAS DO SONHO DE JOSÉ

É bem verdade que a devoção a São José depois de Maria foi sempre a devoção predileta dos predestinados, dos santos. As relações íntimas do Santo Patriarca com Jesus e Maria levaram os justos a recorrerem, cheios de confiança, a ele, na certeza de melhor servirem a Jesus e Maria. É uma devoção de vida interior, uma escola de santidade. Não é José a criatura que mais aproveitou a vida de intimidade com Jesus e Maria, vida que é o encanto de todas as almas inferiores? A sua devoção afervora, leva à Maria e ao Coração de Jesus. O Venerável Pe. Lallemant não se cansava de recomendar a devoção a São José como meio seguro de alcançar a perfeição e chegar à santidade. A grandeza incomparável do grande santo foi figurada no Antigo Testamento naquelas onze estrelas que José, filho de Jacó, vira a seus pés com o sol e a lua. Segundo os comentários da Escritura, essas estrelas representam os santos que brilham no céu: Fulgebunt tanquam stellae in perpetuas aeternitates – Brilham como estrelas na eternidade. Estrelas são os Apóstolos, os Anjos do céu. Todos estão submissos a São José e o veneram depois que Maria e o próprio Jesus lhe obedeceram em Nazaré. Jesus, o sol, Maria a lua, junto ao novo José da Nova Lei! O maior dos santos é, pois, o mais querido e venerado dos próprios santos. Os Santos Doutores celebram com panegíricos e comentários admiráveis as glórias de São José, muito antes do esplendor do culto. Santo Agostinho mostrou a beleza e a excelência da união de José e Maria. São João Crisóstomo exalta os méritos daquele que mereceu ser escolhido entre todos os homens para ser o Pai adotivo do Filho Unigênito de Deus. São Jerônimo defendeu com ardor, contra os hereges a perpétua virgindade de São José. São Bernardo fala com tanta ternura de São José como falou de Maria Santíssima. São Bernardino de Sena, que apóstolo e cantor magnífico das glórias e privilégios de São José! Santo Tomás de Aquino, com aquela autoridade de Doutor Angélico, defende muitos privilégios e glórias de São José. Que dizer de São Francisco de Sales, Santo Afonso, Santo Inácio e tantos outros homens de Deus, fundadores de Ordens e Institutos religiosos, apóstolos do povo, doutores do povo cristão, almas angélicas de tantas virgens admiráveis cuja devoção a São José foi tão ardente e fervorosa? São José é verdadeiramente o santo da devoção dos santos.


DEVOTOS E APÓSTOLOS DE SÃO JOSÉ

Santa Madalena de Pazzis viu no céu a glória de São José e nunca deixou de o invocar, porque sabia quanto poder tem ele junto de Deus. Santo Inácio, o fundador da Companhia de Jesus, bem revela, nos seus admiráveis Exercícios Espirituais, como era devoto de São José. Tinha no seu oratório uma imagem do Santo Esposo de Maria e diante dele gostava de meditar e celebrar o Santo Sacrifício da Missa. Aos pés do grande Mestre do Amor Divino, depunha por escrito muitas vezes suas maiores dúvidas e dificuldades.

É sob a inspiração de São José que se tornou Inácio tão hábil na arte divina de dirigir as almas.

Santa Margarida de Cortona, desde a conversão, cada dia se recomendava ao Santo Pai adotivo de Jesus. Um dia lhe aparece Nosso Senhor dizendo: Margarida, quero que saibas, a tua devoção a José, meu Pai adotivo, muito me é agradável. Eis porque desejo que cada dia prestes algum tributo de louvor em honra dele. José me é muito caro e amado de meu coração.

Afervorada por estas palavras, a santa penitente nunca deixou de oferecer, até a morte, inúmeros atos de veneração ao Santo Patriarca.

São Luís de Gonzaga, o angélico moço, desde pequeno se consagrou a imitar a pureza de São José. Tinha para com ele uma devoção toda filial. O lírio de São José tocou aquela alma e a encheu de suave perfume da virtude dos anjos.

O Beato Herman José, da Ordem Premonstratense, se distinguia pelo amor cheio de ternura para com José. Este moço admirável, numa visão do céu, teve a ventura de contemplar Maria. E a Mãe do Céu lhe recomenda que em honra de seu Esposo acrescentasse ao seu nome o de José.

São João Batista de La Salle, o fundador dos Irmãos das Escolas Cristãs, desde pequenino honrava com devoção encantadora a São José. Cada dia rezava as ladainhas do santo e, mais tarde, ordenou aos seus Filhos que a recitassem a fim de obterem do Santo Patriarca o zelo e dedicação necessários para a formação da juventude.

Santo Afonso nunca separou em suas orações os nomes santíssimos de Jesus, Maria e José. Fora apóstolo do culto josefino. Escreveu páginas tocantes naquele seu estilo simples e belo sobre as grandezas e o poder de São José. O Santo Cura d’Ars se fez um perfeito imitador de São José, trabalhando em silêncio sob os olhares de Jesus e Maria. Imitou e pregou a devoção a São José. Impossível dizer quanto e como tantos santos amaram e cultivaram a devoção ao Santo Esposo de Maria. Não haverá um só predestinado, um herói da santidade que não tenha invocado e procurado imitar a São José no amor e dedicação no serviço de Jesus e Maria.


EXEMPLO

- São José e os estudantes -

Os estudantes invocam a São José com grande eficácia, nas suas dificuldades. Contam-se prodígios do Santo Patriarca. Escreve Millot – Tresor d’histoires – que num seminário da França um clérigo dotado de ótimas qualidades, piedoso e aplicado aos estudos, sentia dificuldades no estudo do latim. Estava para ser dispensado pelos superiores, que, verdadeiramente tristes, viam a impossibilidade do pobre moço em dar conta dos estudos eclesiásticos.

O piedoso clérigo não desanimava. Uma grande confiança na proteção de São José o levou a se prostrar, banhado em lágrimas, ante o altar do santo. Não podia se conformar com ver todo o seu sublime ideal desfeito.

- Ó meu São José, valei-me! Se chegar ao sacerdócio, serei apóstolo do vosso culto.

A prece foi ouvida. No dia seguinte tudo se esclarece. Percebe as lições com clareza e segue as aulas com proveito. Os mestres e colegas se admiram de tão súbita mudança. O clérigo, de último, vem a ser dos primeiros nas classes. Ordenou-se sacerdote, foi mais tarde professor de Teologia no seminário, Vigário Geral da Diocese e cumpriu generosamente a promessa: foi um grande apóstolo do culto de São José.

São João Berchmans também foi um dos mais perfeitos modelos de devoção a São José. Quando estudava filosofia, ao chegar ao exame dizia: “O patrono deste exame será meu São José. Se for feliz, hei de rezar três terços em sua honra”. “Percorrerei meus cadernos e, se puder percorrer todos e gravá-los bem na memória, farei uma devoção especial a São José”. E todo exame colocado sob a proteção do Santo Esposo de Maria era brilhante e feliz. São João Berchmans teve a honra de defender em público, com nota de distinção e louvor, uma série de teses filosóficas.


O angélico moço da Companhia de Jesus se santificou na escola da humildade e pureza de São José.

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